sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Pedindo, implorando, 
pra me impeçam, 
pra que me parem, 
pra que me prendam.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Rien que pour vos yeux

Digo pra você que me perco nos teus olhos.
Feito águas profundas,
mas inteiramente translúcidas.
Expondo reflexos sedentos,
arriscando verdades, admitindo mistérios,
deixando caminhos abertos.
Convidando a mergulhos intensos.
A experimentos
sem medo
sem volta
sem nada.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

O que resta sem sentido.


Essas coisas sem incentivo que batem no peito sem parar
Que me afligem e me infligem sem razão
E me remetem a lembranças sem nexo
De dias passados e repensados mil vezes,
Sem ao menos uma explicação.
Me deixa sem graça e talvez até sem ar,
A tua presença.
Me incomoda.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Carta aos sonhos;

Day 5 — Your dreams


Queridos,

Vejo em vocês a aura de uma criança, uma pureza infinita.
São tão iguais que às vezes os confundo com a minha própria criança interior; Teimosos, desobedientes e cheios de imaginação.
Não há medos, incertezas ou inseguranças que os façam desistir. São determinados, fazem o que querem, e querem o mundo, e possuem o mundo. Articulam a verdade a suas maneiras e não aceitam limites, impõe.
Quando não fazemos o que querem, ficam emburrados, fazem cara feia, e ameaçam desaparecer. Fazem manha, depois se acanham, ai choram, berram, esperneiam, insistem, insistem e persistem.
Mas no dia seguinte vêm com seus olhinhos brilhando, a carinha rosada e um cheiro doce de esperança, nos abraçam, nos envolve e nos possui. E de repente, somos um só. Sonho.
E quando tudo dá certo, nos olham com alegria e a expressão fascinante no rosto de ‘eu te avisei’.

É... Às vezes não sei como lidar com vocês, talvez devesse os por de castigo, ou talvez os deixar livres. Eu realmente não sei... Vocês me fazem esse dilema, esse paradoxo. O seu excesso faz mal, cega. Mas a sua falta castiga.


terça-feira, 15 de fevereiro de 2011


Aceleram-se os passos e nada fica bem.

O cabelo cai sobre os olhos como uma cortina do desespero, o coração sobe a boca, desamparado.
Os segundos
passam
como
horas;
corando a face.
...Os corpos finalmente se cruzam.

E ele passa.